O verdadeiro povo de Deus precisa conhecer as
Escrituras Sagradas e também a história. Há atualmente uma diversidade de
ensinamentos tidos como verdadeiros. De um lado temos os ensinamentos de Deus e
do outro lado os ensinamentos dos homens. Os que não pesquisam ou não se
aprofundam nas investigações, acabam sendo enganados por aqueles que dizem ser
os portadores da verdadeira mensagem de Deus.
É lamentável que para muitos as palavras de Jesus sejam totalmente ignoradas,
pois se fossem aceitas, este estudo seria desnecessário, pois todos entenderiam
que há um só Deus e esse Deus é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. As palavras
de Jesus foram muito claras a esse respeito:
“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, como único Deus verdadeiro, e a
Jesus Cristo, aquele que Tu enviaste.” João 17:3.
Certa oportunidade, um escriba perguntou a Jesus: “Qual é o primeiro de todos os
mandamentos?” O Mestre respondeu: “...Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o
único Senhor.” Marcos 12:29.
Ao Se referir como “nosso Deus”, o Senhor Jesus está chamando a atenção à todos
os que buscam a salvação, que o Seu Pai é o único Deus verdadeiro.
O apóstolo Paulo, o escolhido para pregar aos gentios, também apresentou o mesmo
Deus de nosso Senhor Jesus:
“Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na
terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus,
o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor,
jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por Ele nós também.” I
Coríntios 8:5-6.
Essa rejeição às palavras de Jesus e às palavras do apóstolo Paulo tem sua
história. Por isso precisamos entendê-la.
1. Conhecendo a história
Muitas doutrinas foram introduzidas gradativamente pelo paganismo no seio do
cristianismo durante os primeiros séculos da era da Igreja, sendo que a mais
importante delas é a doutrina da trindade.
Na revista “Parousia”, ano 4 – No. 2, p. 5, editada especialmente para defender
a doutrina da trindade, há um importante comentário:
“...os cristãos do segundo ao quarto século, ...foram forçados gradualmente na
direção da formulação explícita da doutrina da trindade.” (grifo nosso).
Como os cristãos primitivos do primeiro século desconheciam a doutrina da
trindade, esta tinha que ser imposta gradualmente pela Igreja Romana já a partir
do segundo século.
Um destacado evangelista, em seu livro “O Terceiro Milênio e as Profecias do
Apocalipse”, escreveu o seguinte a respeito daquele período, quando a apostasia
começou a penetrar no cristianismo:
“Naquele período, a igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de
doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as
doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a Trindade, a
natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da
Igreja. ...Nesse período da história, a Igreja não foi capaz de manter pura a
adoração ao único e verdadeiro Deus, nem prestou obediência fiel à Sagrada
Escritura. Contaminou-se com uma montanha de tradições humanas e costumes
pagãos.” O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse, pp. 41 e 42 – 10ª.
Edição (grifo nosso).
De acordo com a Revista Superinteressante, de março/2004, p. 28, “os primeiros
cristãos, porém não seguiam o conceito da Trindade. Foi somente a partir do
século 4 que a realidade trinitária de Deus passou a ser discutida na Igreja
Católica. ...O Islamismo e o Judaísmo chegaram a acusar o Cristianismo de ter
pervertido o monoteísmo por causa da trindade.” (grifo nosso).
As igrejas cristãs, em sua maioria, concordam que “foi a Igreja em tempos
posteriores quem elaborou os detalhes da Trindade.” Revista “Parousia”, ano 4,
No. 2, p. 10. Esta afirmação tem fundamento, pois foi através o trabalho dos
apologistas que a doutrina da trindade começou a ser estudada e defendida no
seio da igreja cristã. O apologista, Atenágoras, foi possivelmente o primeiro a
defender “filosoficamente” a doutrina da trindade.
Uma grande equipe de pesquisadores, colaboradores e consultores trabalharam
incansavelmente na elaboração de um livro editado pela Reader’s Digest: “Depois
de Jesus, o Triunfo do Cristianismo”. Neste livro, os historiadores resgataram a
verdadeira história do cristianismo dos primeiros séculos, confirmando o que os
teólogos publicam na atualidade. Deste livro extraímos um fato histórico de
grande relevância:
“Era o ano 177. Atenágoras fez notar que, se tantas doutrinas religiosas
diferentes eram toleradas no seio do Império, seria justo que o cristianismo o
fosse também. Servindo-se dos seus vastos conhecimentos de filosofia grega,
explicou como a fé cristã num Deus único era semelhante ao conceito clássico da
unidade de Deus. Foi possivelmente o primeiro a defender filosoficamente a
Trindade, ao tentar demonstrar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só
Ser. O objetivo dos apologistas foi demonstrar que o cristianismo incorporava os
ideais gregos de virtude e razão. Mas alguns cristãos discordavam: achavam que a
filosofia estava demasiadamente imersa na cultura pagã e recusavam-se a ver a
sua fé em Jesus, recentemente revelada, apoiada por argumentos filosóficos.”
Depois de Jesus, o Triunfo de Cristianismo, p. 141. (Grifo nosso).
Do mesmo livro, na página 140, lemos o seguinte:
“O mais famoso dos primeiros apologistas foi Justino, o Mártir. ...Pagão,
nascido por volta de 100 em Flávia Neápolis, aprendeu filosofia grega,
especialmente a doutrina de Platão, convertendo-se ao cristianismo ainda jovem.”
(Grifo nosso)
A doutrina da trindade não é uma doutrina bíblica. Esta teoria não é mencionada
e nem ensinada na Bíblia. Esta teoria era desconhecida pelos israelitas do Velho
Testamento e pelos cristãos primitivos do Novo Testamento. Não há autoridade
bíblica para a trindade.
A verdade é que os teólogos buscam nas entrelinhas das Escrituras algum gancho
para defender tal doutrina, utilizando-se inclusive de meios ardilosos, tais
como a prática de torcer os textos sagrados da Bíblia.
A doutrina da trindade é de origem pagã. A trindade, assim como outras
doutrinas, tais como imortalidade da alma, domingo como dia de repouso, morada
nos céus e muitas outras, foram gradativamente incorporadas pelos filósofos e
teólogos da Igreja durante os primeiros séculos da era do cristianismo. Eles
eram pagãos não completamente convertidos e tornaram-se membros da Igreja
cristã. Como esses homens assumiram lugares de liderança, como professores e
teólogos, a teologia da Igreja gradualmente paganizou-se. Os ensinamentos da
Bíblia foram reinterpretados e ajustados para se adaptarem aos ensinamentos da
filosofia pagã.
2. Origem da palavra “trindade”
O primeiro uso da palavra “trindade” em sua forma grega ‘trinas’ foi de autoria
de Teófilo, bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco
Aurélio (168 A.D.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu,
endereçados ao seu amigo Autólico. Ao comentar o quarto dia da criação no
Gênesis, ele escreveu: “Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos
luminares, são tipos da trindade, de Deus, de Sua palavra, e Sua sabedoria.”
Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers).
Tertuliano (160-220 A.D.) foi o primeiro a usar a palavra latina “trinitas”.
Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia
Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Tertuliano
expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os
primeiros a ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A
trindade e a imortalidade da alma foram desenvolvidas dentro de um sistema de
teologia por Agostinho.
Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Romana.
Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a
teoria manarquiana. Ele escreveu: O mistério da dispensação ainda está guardada,
que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas –
o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano. “Contra Praxeas” – The
Anti-Nicene Fathers).
Na revista “Parousia”, ano 4, No. 2, p. 34, encontramos uma declaração
reveladora:
“Mas talvez alguém pergunte: por que este termo (trindade) não aparece na
Bíblia? Para responder a esta questão é preciso compreender que, a partir do
século segundo, o centro missiológico da Igreja transferiu-se em definitivo do
ambiente judeu-palestino para o mundo greco-romano. O trabalho iniciado por
Paulo entre os gentios vê-se finalmente estabilizado no ambiente gentílico e
começa a gravitar em torno de questões que não haviam sido levantadas no
ambiente judaico. A Igreja viu-se, então, obrigada a expressar sua fé de um modo
compreensível para aqueles que não vinham de uma cultura vétero-testamentária,
mas tinham seu pensamento regido pelos conceitos da filosofia grega.”
O autor deste artigo confessa publicamente que a questão da trindade não havia
sido levantada no ambiente judaico. Ora, se os judeus (incluindo aí o Senhor
Jesus e todos os apóstolos) não ensinaram a doutrina da trindade, concluímos que
esta falsa doutrina foi idealizada fora do ambiente judaico, mais precisamente
pela Igreja Romana, através seus apologistas, os quais expressaram seus
conhecimentos teológicos com base na filosofia grega de Platão. A partir de
então o cristianismo paganizou-se, afastando-se definitivamente das orientações
de Deus.
3. Controvérsia entre Ário e Atanásio
A formulação da doutrina da trindade gerou controvérsias entre dois líderes da
Igreja em Alexandria, no início do quarto século: Ário (256-336 AD) e Atanásio
(293-373 AD). Ário mantinha a idéia de que Jesus, embora grande, era de alguma
maneira inferior à Deus. Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo era igual
à Deus em todos os aspectos. Em 318 AD, a controvérsia veio à tona. Ário afirmou
que se Jesus era realmente Filho de Deus, então deveria ter havido um tempo em
que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho.
Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 AD, Ário e seus colaboradores
foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião.
A falsa teoria da trindade levou algum tempo para alcançar uma posição dominante
na Igreja. Nesse meio tempo, o imperador Constantino tornara-se o maior
partidário do Cristianismo. O imperador considerava a Igreja como uma grande
força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a
religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas
da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida e conseqüentemente um
império unificado.
Para buscar restaurar a unidade, Constantino convocou uma assembléia de prelados
da Igreja celebrada na cidade de Nicéia, em 325 AD. Bispos e o clero de todas as
Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas
pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto, não era verdadeiramente
representativo, pois entre os 318 bispos presentes, além de oficiais
eclesiásticos menores, destes nem sequer dez bispos da região oeste se fizeram
presentes. Assim, o Concílio de Nicéia foi um Concílio de Igrejas maciçamente
representado apenas pela região oriental do Império.
Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio
ofereceu um credo com uma linguagem idêntica das Escrituras Sagradas, em vez dos
termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio percebendo que
ao darem um voto para Eusébio, estariam dando um voto a Ário, decidiram rejeitar
o credo. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos
teológicos em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio.
Aqueles que não assinaram, incluindo Ário, Eusébio e Teognis de Nicéia, foram
banidos e seus livros queimados publicamente.
O debate sobre o tema prosseguiu, até que em 381 AD o imperador Teodósio
convocou um Concílio em Constantinopla. Foi assistido por cerca de 150 bispos do
oriente. Foi neste Concílio que a doutrina da trindade tornou-se oficial em
todas as fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus
púlpitos e excomungados de suas igrejas. Era o regime totalitário dos
imperadores romanos e mais tarde da Igreja Romana. Como vimos, esta doutrina
espúria foi imposta pela Igreja Romana. Desde aquela época até hoje, milhares de
fiéis seguidores da Palavra de Deus são perseguidos e expulsos de suas igrejas
por não apoiarem esta teoria anti-bíblica. Esta doutrina, vigente até hoje, é
designada por alguns historiadores como Credo Niceno-Constantinopolitano.
Hoje, esta doutrina tornou-se o elo principal de ligação das igrejas cristãs com
a Igreja Romana. Na Carta Encíclica “Ut Unun Sint”, de 25 de maio de 1995, o
papa João Paulo II declarou textualmente o seguinte:
“Também surgiu entre os nossos irmãos separados, por moção da graça do Espírito
Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à restauração da unidade de
todos os cristãos. Este movimento de unidade é chamado de ecumenismo. Participam
dele os que invocam o Deus Trino ...” (grifo nosso)
A única exigência para ingressar e iniciar o diálogo ecumênico é invocar o Deus
Trino. Para a Igreja Romana, as outras doutrinas como a guarda do sábado, o
batismo por imersão, a crença na mortalidade da alma, etc, não interferem no
diálogo inicial para a unidade dos cristãos. Segundo esse documento, as
discussões serão progressivas com a finalidade de diminuir as demais
divergências.
4. Definição de Trindade
Trindade é a crença na existência de um Ser divino que subsiste em três pessoas:
Pai, Filho e Espírito Santo. O dicionário Webster define a palavra da seguinte
maneira:
“A união de três pessoas (o Pai, o Filho, e o Espírito Santo) numa Divindade, de
modo que todos os três são um Deus, com relação à substância, mas três pessoas
com relação à individualidade.” Webster´s Collegiate Dictionary – 5ª. Edição.
Os trinitarianos, assim denominados os que defendem a doutrina da trindade, não
crêem que as três pessoas são uma pessoa ou que as três pessoas são três deuses.
Eles crêem em três pessoas que constituem um Deus.
Existem três propostas primárias envolvidas na doutrina da trindade:
a) A unidade composta de Deus
Os trinitarianos afirmam acreditar na unidade composta de Deus. Caso eles não
acreditassem em um Deus único, sua doutrina seria interpretada como politeísta.
Eles não crêem na unidade de Deus como é ensinada na Bíblia. Rejeitam a verdade
bíblica de que existe apenas uma Pessoa que é Deus. Os trinitarianos crêem que
existe uma única substância, uma inteligência e um propósito na Divindade, mas
que três pessoas eternamente co-existem daquela essência única e exercitam
aquela única inteligência, e único propósito.
b) A divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
O segundo ponto que os trinitarianos buscam estabelecer é que o Pai é Deus, o
Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Tentam mostrar que cada um é mencionado
como sendo Deus e que cada um possui os atributos da Divindade como:
imortalidade inerente, onipotência, onipresença e onisciência.
c) A personalidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Os trinitarianos procuram provar que o Pai é uma pessoa, que o Filho é uma
pessoa e que o Espírito Santo também o é. Cada pessoa da trindade é admitida
como completamente Deus, dentro de Si mesma. Juntas, as três pessoas
compartilham em comum a essência única, todos os atributos, uma substância, uma
inteligência e um propósito.
5. Desmontando a doutrina da Trindade
A doutrina da trindade é baseada sobre três propostas. É como uma mesa
construída sobre três pernas. Caso uma das pernas seja removida, a mesa por
inteiro cairá. O fracasso na prova de qualquer uma destas três propostas
apresentadas anteriormente resultará no colapso desta teoria. Para anular a
doutrina da trindade, é necessário comprovar apenas um dos seguinte três fatos:
a) A unidade de Deus não é composta.
b) Jesus não é Deus.
c) O Espírito Santo não é uma pessoa.
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